Dia 11 no SESC Araraquara terá um bate-papo sobre crítica cinematográfica. Que tal encontrar os integrantes do CINE CAMPUS lá?
Esperamos vocês!
sexta-feira, 6 de março de 2015
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
domingo, 23 de novembro de 2014
SUGESTÃO: Os Incompreendidos
François
Truffaut (1932-1984), fundador, juntamente com Jean-Luc Godard, da Nouvelle Vague, estreou como diretor de cinema
com o filme Os Incompreendidos (1959),
título original Les quatre cents coups.
A referida obra cinematográfica acompanha a vida do jovem Antoine Doinel,
interpretado por Jean-Pierre Léaud, aluno indisciplinado e filho ignorado pelos
pais – embora cotado constantemente para a realização das tarefas domésticas do
pequeno apartamento onde residem –, o que pode ser percebido em uma cena em que
os pais estão decidindo o que farão com o menino nas férias, elegendo um
acampamento como a melhor escolha, sem ao menos perguntar ao garoto se é isso
de que ele gostaria.
É
importante focar um pouco mais na relação familiar estabelecida no filme. No
início da trama, Antoine, enquanto foge da aula com seu grande amigo René,
interpretado por Patrick Auffay, outro incompreendido pela família, vê sua mãe,
Gilberte Doinel, interpretada por Claire Maurier, traindo seu pai, Julien
Doinel, representado pelo ator Albert Rémy.
No
decorrer da narrativa, descobre-se que Julien não é o verdadeiro pai de Antoine
– evidenciando já uma desconsideração do pai biológico –, que Gilberte e Julien
costumam deixar o filho sozinho no apartamento por muito tempo. Além do fato do
menino, quando criança, ter sido abandonado aos cuidados da avó. Toda essa
rejeição familiar somada à rejeição do sistema educacional francês sofrida por
Antoine contribui para a formação de um jovem solitário e inconstante.
O
filme termina com Doinel fugindo do centro de observação para jovens
delinquentes, para o qual foi levado pelo pai, correndo sozinho pela areia da
praia em direção ao mar, ao som de uma belíssima trilha sonora melancólica. A
última cena congela a imagem do personagem olhando para a câmera com um olhar
perdido, refletindo sua condição e deixando sobre o espectador a dúvida quanto
ao futuro do jovem.
Essa
dúvida é desfeita três anos depois no filme Amor
aos 20 anos (1962), no qual é mostrada a vida de Antoine Doniel, agora com
dezessete anos. A história de vida de Antoine Doinel, interpretado sempre por
Léaud, é contada em mais outros três filmes Beijos
Roubados (1968), Domicílio Conjugal
(1970) e Amor em Fuga (1979), os
quais são representantes da parceria entre Jean-Pierre Léaud e François
Truffaut, iniciada com Os Incompreendidos.
Texto escritor por Pierina Bergamasco
domingo, 16 de novembro de 2014
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
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