sexta-feira, 6 de março de 2015

EVENTO

Dia 11 no SESC Araraquara terá um bate-papo sobre crítica cinematográfica. Que tal encontrar os integrantes do CINE CAMPUS lá?
Esperamos vocês!


domingo, 23 de novembro de 2014

SUGESTÃO: Os Incompreendidos

  François Truffaut (1932-1984), fundador, juntamente com Jean-Luc Godard, da Nouvelle Vague, estreou como diretor de cinema com o filme Os Incompreendidos (1959), título original Les quatre cents coups. A referida obra cinematográfica acompanha a vida do jovem Antoine Doinel, interpretado por Jean-Pierre Léaud, aluno indisciplinado e filho ignorado pelos pais – embora cotado constantemente para a realização das tarefas domésticas do pequeno apartamento onde residem –, o que pode ser percebido em uma cena em que os pais estão decidindo o que farão com o menino nas férias, elegendo um acampamento como a melhor escolha, sem ao menos perguntar ao garoto se é isso de que ele gostaria. 

 
É importante focar um pouco mais na relação familiar estabelecida no filme. No início da trama, Antoine, enquanto foge da aula com seu grande amigo René, interpretado por Patrick Auffay, outro incompreendido pela família, vê sua mãe, Gilberte Doinel, interpretada por Claire Maurier, traindo seu pai, Julien Doinel, representado pelo ator Albert Rémy.

No decorrer da narrativa, descobre-se que Julien não é o verdadeiro pai de Antoine – evidenciando já uma desconsideração do pai biológico –, que Gilberte e Julien costumam deixar o filho sozinho no apartamento por muito tempo. Além do fato do menino, quando criança, ter sido abandonado aos cuidados da avó. Toda essa rejeição familiar somada à rejeição do sistema educacional francês sofrida por Antoine contribui para a formação de um jovem solitário e inconstante.



O filme termina com Doinel fugindo do centro de observação para jovens delinquentes, para o qual foi levado pelo pai, correndo sozinho pela areia da praia em direção ao mar, ao som de uma belíssima trilha sonora melancólica. A última cena congela a imagem do personagem olhando para a câmera com um olhar perdido, refletindo sua condição e deixando sobre o espectador a dúvida quanto ao futuro do jovem.

Essa dúvida é desfeita três anos depois no filme Amor aos 20 anos (1962), no qual é mostrada a vida de Antoine Doniel, agora com dezessete anos. A história de vida de Antoine Doinel, interpretado sempre por Léaud, é contada em mais outros três filmes Beijos Roubados (1968), Domicílio Conjugal (1970) e Amor em Fuga (1979), os quais são representantes da parceria entre Jean-Pierre Léaud e François Truffaut, iniciada com Os Incompreendidos.

Texto escritor por Pierina Bergamasco

domingo, 16 de novembro de 2014

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Língua & Cinema

O primeiro filme do movimento nouvelle vague, "Le Beau Serge". Estamos esperando por vocês.